12 de maio de 2016

Somos como nossos pais



É inevitável.
Eu luto desde pequena contra algumas características da minha família. E venho fazendo um trabalho mediano. Uma escorregada aqui, outra ali e... Um bocado de “sofrimento”, afinal o que queremos é sempre melhorar. Ser melhor mãe do que foi a nossa mãe ou pai. Isso deveria bastar para nos satisfazer: a consciência das possíveis falhas.
Más não nos basta.
De fato acho que somos uma geração um pouco enfraquecida nesse ponto: com o afã de sermos melhores pais, nós criticamos, sem muito pensar, todas as ações feitas pelos nossos pais. Aquelas que deixaram uma recordação de desgosto. E claro temos  a certeza de estarmos fazendo um papel melhor modificamos a formula.  Acontece, que em pouco tempo aplicando as nossas regras ideias começamos a sentir as consequências dos nossos atos.
Se não exigimos como fomos exigidos... eles (nossos filhos) dão menos do que poderiam dar em tudo aquilo que estão envolvidos. Se permitimos que eles conversem conosco sobre tudo e que se expressem completamente... Eles tomam conta do diálogo e até acreditam que devam nos dar uma lição. Caramba! Eu Já não havia passado por isso? Não era isso que meus pais fizeram? Nossos pais não estavam sempre interessados no nosso discurso e agora que somos pais não podemos discursar porque nossos filhos também não estão afins de ouvir.
Não dá para estranhar. Coisa de ser humano criativo que, de tempos em tempos, joga fora sua história para recomeçar. Isso sim:  acreditando que agora não haverá erro.
Hoje, depois de um chilique da minha filha pequena. Tudo aquilo que nunca quis  fazer eu fiz. Perdi o controle e aos berros enlouquecidos soltei o verbo. Terminei com algo como – e ponto final. A explosão tomou conta de mim quando percebi que quem estava no controle não era eu mais uma vez, e sim minha pequena. Utilizei as mesmas frases, os mesmo gestos do tão criticado meu pai.