21 de fevereiro de 2017

os incomodados que se mudem

Sobre a escola nova - continuo ouvindo agradecimentos e comentários, muito interessantes, dos meus filhos: mãe me sinto mais bonita, mãe me sinto tão contente que ficou mais fácil nadar, mãe nesta escola não tenho dois melhores amigos, já tenho dez,....


Olho!
Conviver durante muito tempo com aquilo que nos incomoda pode nos levar a crer que assim são as coisas e assim devem ser.




7 de fevereiro de 2017

zona de conforto



Quem não passou pela experiência de haver demorado muito para tomar uma decisão, dando muita importância a fatos diversos, fazendo análises e mais análises disso e daquilo, procurando desculpas e justificativas entre outras coisas e, logo depois de fazê-lo, descobriu que perdeu tempo?
Eu, infelizmente, experimentei isso várias vezes. Digo infelizmente porque não há nada melhor que a estagnação para a mediocridade.  Mas, a última e mais fresquinha experiência foi matricular os meus filhos em uma nova escola após 10 anos na antecedente.

A razão da mudança? São muitas. A razão para a demora? Somente uma: a maldita zona desconfortável de conforto.

Minha filha me pediu algumas vezes: ora eu achava que era fogo de palha, ora achava que a razão não era suficientemente boa, suficientemente inteligente ou nobre. Não há melhor cego que o que procura enxergar somente aquilo que não desafia, com boas justificativas.

Após a decisão, já com a ideia feita e ainda com medo de ser feliz tudo ficou claro. E na clareza dos fatos eu me curvei ao arrependimento. Porque todas as imagens, conversas, pedidos e etc., perderam o filtro que me fazia amenizar os sentimentos, as revoltas, as críticas e finalmente o trabalho que dá enxergar o que nos rodeia porque é bom contentar-se com pouco.

É isso aí. Nos contentamos com muito pouco por preguiça.

Pensamos pouco ou pensamos muito com pouca vontade de procurar conhecimento, com pouca vontade de achar soluções verdadeiras, com pouca sinceridade.


E tudo isso pouco importa quando as decisões nos afetam exclusivamente. Mas, quando afetamos e infectamos de desconforto àqueles que dependem de nós...